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14 de junho de 2018

Como anda a Educação na Baixada Fluminense?

Fórum Grita Baixada participa do debate “A Escola que Queremos” sobre a realidade escolar da juventude na região.

 

Texto e fotos: Lorene Maia, articuladora de territórios do Fórum Grita Baixada

 

Na manhã da última sexta-feira (08/06), o Fórum Grita Baixada esteve no Colégio Estadual Professor Mário Campos em Nilópolis, para o debate “A escola que queremos” idealizado pelo Núcleo do FGB em Nilópolis e apoiado pelos professores Cidney de Oliveira e Cristiane de Castro, a direção da escola e a representante do Pré-Vestibular + Nós, Laura Tissi.

 

O público foi formado por jovens de seis turmas do ensino médio.  O debate teve a finalidade de abordar assuntos relacionados à realidade escolar e ao cotidiano dos jovens da Baixada Fluminense, tais como: a reforma do ensino médio, educação popular, pré-vestibular, acesso ao ensino superior, escola sem partido e retirada de direitos. Para isso, teve também como pano de fundo uma breve análise da conjuntura política e educacional do país.

 

O momento foi importante para informar, mas também para ouvir dos alunos o que eles pensam em relação à escola que querem, a escola que possuem e da atual conjuntura do país. Junto com os jovens, os professores Cidney e Cristiane e a universitária e representante do pré-vestibular + Nós, Laura, resgataram o contexto histórico que nos levou a atual situação do país. A educação, que sempre foi um privilégio de poucos (das elites) e que sempre foi utilizada como uma ferramenta de manutenção do poder, ainda hoje é negada aos mais pobres e utilizada como instrumento de segregação para a manutenção de classes.

 

O Fórum Grita Baixada, apoiou a iniciativa do núcleo e acha fundamental colocar em pauta esse assunto que, para além de estar diretamente ligado com a temática dos direitos humanos, está também relacionado a temática da segurança pública. Uma vez que a reforma do ensino médio, a escola sem partido e a retirada de direitos, perpetua uma conjuntura histórica ligada a formação de mão-de-obra barata, mecânica e não pensante, com a finalidade de atender o mercado e precarizar o ensino para que as classes mais pobres e não privilegiadas permaneçam na posição de subalternos e desinformados, às margens da sociedade e sujeitas a toda sorte de violências, inclusive as praticadas pelo estado.

 

Ao final do debate, “A escola que queremos” ganhou mais corpo e voz com alunos discutindo a cerca do propósito de tantas informações sendo negadas na escola pública. A escola que queremos é a que alunos sejam sujeitos da construção de seu próprio conhecimento, aquela em que o conhecimento acadêmico está ligado à realidade que enfrentam cotidianamente, é aquela libertadora.

 

 

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